A Cooperoque
Nossa História
Levantamento Histórico
O espírito de cooperação foi uma semente trazida pelas primeiras migrações germânicas que aqui começaram a se instalar no início do século. A partir de 1907, com o início do povoamento da localidade de Vila Santa Catarina, instalou-se o casal José e Catarina Kaspary, vindos da chamada Colônia Velha do estado. Este contingente de migrantes teve seu auge no ano de 1910, impulsionado pelo Bauerverein e Volksverein, movimentos que foram liderados e idealizados pelo Padre Theodor Amstad. O principal objetivo era congregar os descendentes de imigrantes alemães, incentivando-os para uma vida comunitária intensa e ativa sob os parâmetros da solidariedade cristã, que conduzisse a um desenvolvimento equilibrado e sadio das suas comunidades nos aspectos religioso, social, político e econômico.
Na época, as regiões coloniais mais antigas já apresentavam excedentes populacionais, constituindo uma geração de jovens agricultores sem terra. Estes jovens eram atraídos para as cidades em expansão sem estarem preparados para adaptar-se ao meio urbano; e, sem perspectivas, entravam em perigo de proletarizar-se e perder os rumos social, religioso e ético de suas vidas.
Esta semente gerou seu primeiro fruto na década de 1920, quando foi fundada a primeira cooperativa agrícola na Comunidade de São Salvador, hoje Salvador das Missões, sede do nosso município. Após o encerramento das atividades da mesma, alguns agricultores remanescentes, cooperativistas por essência, aliados às lideranças da Comunidade de Santa Catarina, despertaram e difundiram novamente a ideia, e, em 1º. de novembro de 1951, criaram a Cooperativa Agrícola Mixta São Roque Ltda - COOPEROQUE. No início eram apenas 33 agricultores da região que integralizaram Cr$ 100.000,00 (cem mil cruzeiros) como capital inicial. Dentre eles, o grande líder e idealizador, Professor Seno Marcos Stracke, que veio a ser o primeiro Diretor-Gerente.
O objetivo principal do grupo era a busca da independência comercial, fugindo dos intermediários, tanto na venda em comum da produção, como na compra de bens de consumo. Os primeiros anos foram árduos, em função da pouca estrutura e da forte concorrência do comércio. Entretanto, a confiança conquistada junto aos agricultores de comunidades vizinhas, trouxe novos adeptos e um consequente fortalecimento da base da cooperativa.
Nos anos 70, com o surgimento das cooperativas tritícolas na região, as cooperativas agrícolas mistas de pequeno porte foram fortemente abaladas. No entanto, mais uma vez, prevaleceu o espírito de união pautado no cooperativismo autêntico, que não se deixou vencer, e resistiu ao gigantismo. Até então, a COOPEROQUE possuía participação inexpressiva no contexto econômico regional. Foi a partir dos anos 80, início do período de decadência de muitas grandes cooperativas, que, a COOPEROQUE buscou sua afirmação e expansão. A fidelidade ao seu Lema: Confiança, Credibilidade, Honestidade e Prudência, aliada a uma série de boas administrações fizeram com que sua imagem fosse projetada e reconhecida em âmbito estadual.
Classifica-se, portanto, a história da COOPEROQUE em duas fases distintas. 1º Fase: da fundação até o início dos anos 80 - período de luta pela conquista de seu espaço e sua identidade; 2º Fase: a partir dos anos 80 - quando a organização começou a criar corpo e buscar a sua efetiva estruturação.
Sócios Fundadores
Afonso Schweinberger, Aloisio Bohnenberger, Aloisio Edvino Kaufmann, Aloisio Kaufmann, Aloisio Mathias Strieder, Artur Francisco Mallmann, Augusto Schardong, Balduino Anschau, Bruno Schneider, Frederico Afonso Schardong, Fridolino Rech, Guilherme Langer, Henrique Wenzel, Jacó Muller, Jacó Paetzhold, João Albino Liell, João Anschau Filho, João Limberger, João Paetzhold, João Wunibaldo Leichtweis, Léo Bruno Langer, Maria Sauer, Max Seibert, Nicolau Reis, Nicolau Schmitz, Osvaldo Sauer, Paulo Langer, Pedro Luis Jung, Reinoldo Cagliari, Rodolfo Teodoro Koehler, Seno Marcos Stracke, Teobaldo Langer e Zeferino Frantz.