
Salvador das Missões, terça-feira, 08 de abril de 2025. Bom dia!
OS DIFERENCIAIS DA COOPEROQUE
O ano de 2014 confirmou as preocupações de todos os setores da economia, de que o país enfrentaria uma dura realidade, sendo que, uma série de dados e a real situação do estado foram omitidos e mascarados em vista às eleições de outubro. Não bastassem os recorrentes escândalos de desvios de recursos, a falta de caráter e escrúpulos de alguns diretores e mandatários do país, a nossa moeda se enfraqueceu perante o Dólar e o Euro. A economia Brasileira, já não é mais somente assombrada pela possibilidade do retorno da inflação, pois ela é hoje uma realidade. A recessão está sendo sentida com os aumentos de preços dos principais bens de consumo (luz, água, combustíveis e outros). Mas o que mais assusta, estarrece e entristece, é a falta de vergonha e o corporativismo que se instalou em todo o país, com o estado sendo liquidado e utilizado em benefício próprio.
Diferentemente e em situação oposta, está a Cooperoque. Apesar da falta de confiabilidade de alguns gestores públicos e da instabilidade política e econômica do Brasil, conquistamos a credibilidade dos clientes, fornecedores e associados, além da estabilidade, uma vez que, estamos muito bem estruturados e equilibrados física e financeiramente, resultado e mérito de uma gestão eficiente e responsável, aliada ao grande grau de fidelidade e comprometimento dos associados e funcionários.
Faturamento bruto R$ 135.485.908,06
Sobra Líquida do Exercício R$ 7.016.785,21
Investimentos c/recursos próprios R$ 4.602.948,48
Vantagens diretas//lucro antecipado ao associado no exercício:
Bonificações Soja Frete (549.993 sc x R$ 1,00 p/sc) R$ 549.993,00
Bonificações Soja Biodiesel_(271.459 sc_x R$ 1,20 p/SC) R$ 325.751,00
Bonificações Trigo (325.688 x 5,74p/SC R$ 1.869.449,00
Bonificações Milho (281.339sc x 2,50sc) R$ 703.347,50
Projetos Agrícolas 2% de serviços gratuitos R$ 410.912,00
Juros Subsidiados R$ 1.065.403,00
Correção Capital Integralizado (7%) R$ 187.423,50
Distribuição Retorno (20% sobras 2014) R$ 1.370.910,46
(R$ 2,00 p/cada saca de soja - 0,50% Setor consumo)
Total R$ 6.483.189,46
Retorno Leite/CCGL - R$ 0,023 p/litro R$ 299.175,00
CRESCIMENTO ANUAL UMA CONSTANTE NA COOPEROQUE
No exercício de 2014, assim como vem acontecendo nas últimas décadas, apesar das crescentes dificuldades e vulnerabilidade da economia nacional, do desmanche de cooperativas coirmãs e empresas ligadas ao agronegócio, seguimos fortes e inabaláveis, com crescimento constante e excelentes resultados. Novamente tivemos faturamento recorde, saltando de 122 milhões para 135 milhões de reais, um crescimento de cerca de 10%. O principal vetor de crescimento e eterno carro chefe é o setor de cereais (soja, milho e trigo). Entretanto, o setor industrial (moinho de trigo), assim como o desempenho da venda de fertilizantes, agrotóxicos e outros insumos para lavoura, contribuíram significativamente na obtenção de bons resultados e para as sobras líquidas do exercício de R$ 7.016.785,21.
No setor de cereais, praticamente repetimos a safra de soja do exercício anterior, sendo que recebemos 550 mil sacas, ante 532 mil, ou seja, 3,38% a mais. O fato negativo da safra foi novamente a pouca produtividade, pois se estimava produzir no mínimo, em média, 50 sacas por hectare, mas ficamos próximos a 35 sacas. De positivo para o setor foi uma pequena elevação do preço médio da soja, que garantiu rentabilidade.
Surpreendeu positivamente o recebimento de milho, com produtividade histórica por hectare, saltando de 270 mil sacas para 427 mil, ou seja, 58,25% a mais em 2014. Como consequência, a redução de preços foi iminente, caindo substancialmente, mas a renda foi garantida pela alta produtividade.
Por sua vez a produção de trigo teve uma das piores safras da história. Além de pouca produtividade, produziu-se um produto sem qualidade e contaminado pela micotoxina DON, o que rebaixou o trigo, classificando-o como inapropriado para consumo humano e animal em vários países, inclusive no Brasil, restringindo seu mercado consumidor. Além da condição do clima ter sido totalmente adversa, tivemos o evento da giberela e brusone, que foram decisivos à baixa produtividade e qualidade do trigo. Estimávamos receber em torno de 800 mil sacas, e recebemos somente 343 mil, ante 612 mil da safra 2013, uma queda de 43,79%. A produtividade média esperada era de 50 sacas por hectare, mas ficou próximo a 22 sacas. Uma quebra na produtividade de 65%.
R$ 4,20 A MAIS POR SACA DE SOJA
Como é de conhecimento de vocês associados, um dos diferenciais da Cooperoque é proporcionar e auferir rendimentos maiores no setor de cereais, em virtude de nossa política de preços, ou seja, de trabalhar com margem mínima de sobras para a Cooperoque, priorizando os ganhos e a rentabilidade dos agricultores. Na comercialização de soja, pagamos R$ 1,00 por saca de auxilio de frete e R$ 1,20, de ganho de biodiesel, representando R$ 875.744,00 (oitocentos e setenta e cinco mil, setecentos e quarenta e quatro reais) em 2014. Além disso, foram distribuídos em sobras no fim do exercício de 2013 e 2014, R$ 2,00 por saca, que somados aos outros benefícios, representam um acréscimo de R$ 4,20 no preço de pedra da soja.
R$ 2,50 A MAIS POR SACA DE MILHO
No milho, foi agregado R$ 2,50 por saco, com ganho total de R$ 703.347,50 (setecentos e três mil, trezentos e quarenta e sete reais e cinquenta centavos).
R$ 5,74 A MAIS POR SACA DE TRIGO
A grande superação ocorreu na cultura de trigo, tendo em vista a péssima qualidade e os problemas sanitários do mesmo. Com a usual expertise gerencial, lançamos mão do PEPRO (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor), subsídio importante do governo para compor preço, além da exportação, numa das únicas oportunidades de negócio na safra 2014. Novamente recebemos o produto sem distinção de PH, pois muitas cargas estavam abaixo da tabela. Pagamos o trigo indiferente de PH, e apuramos o preço médio final de R$ 23,74, enquanto que o preço médio da concorrência era de R$ 18,00 por saca, o que representou R$ 1.869.449,00 (hum milhão, oitocentos e sessenta e nove mil, quatrocentos e quarenta e nove reais) de valor agregado com relação ao preço praticado na região.
O mercado de trigo é sem sombra de dúvidas o mais complicado e de alto risco. É necessário vendê-lo na boca da safra, quando a oferta é grande e na maioria das vezes, os preços menos atrativos. É preciso escoar a produção para viabilizar o recebimento das safras de milho e de soja, que vem logo na sequencia. Além desses fatores, o prazo para escoamento da produção até o porto é limitado, sem falar nos altos custos dos fretes na safra. Como agregar valor ao trigo? Planejar muito, negociar incansavelmente e ficar atento aos movimentos do mercado diuturnamente para aproveitar as melhores oportunidades de negócio.
Quando terminamos a colheita do trigo em Novembro, às vésperas das festas de final de ano, com o período de férias próximo, quando todos precisam fazer atividades mais amenas para recuperar as energias, aliviar corpo, mente e espírito... é o momento de enfrentar a mais difícil das negociações. Poderíamos fazer o básico, como a maioria: aguardar o posicionamento do mercado e quando se julgasse oportuno, vender o trigo, repassando as condições ao produtor e depois comprar parte da produção no troca-troca, por dívidas, ou com promessa de pagamento para o ano seguinte... e a preços baixos. Acontece que na Cooperoque não se faz o básico, mas sim se dá o máximo. E somos persistentes em perseguir e conseguir o melhor.
SEGURANÇA E CONFIANÇA
O ASSOCIADO NUNCA PERDEU UM GRÃO OU LITRO DE LEITE
Frisamos aos nossos associados, a importância de se ter um lugar seguro e confiável para entregar a produção como é a Cooperoque: nunca na nossa história o associado perdeu um grão de produto, pois mesmo nas dificuldades e quando o produto colhido tinha péssima qualidade, como ocorreu com o trigo, e há alguns anos atrás com o milho e a soja, garantimos a compra e pagamos 100% ao associado. Não vinculamos a entrega de produção ao sistema de troca-troca e tampouco descontamos conta capital ou faturamos parcialmente. Pagamos a produção do associado sempre à vista.
Exemplo típico passa o setor de lácteos do RS, que atravessa uma crise sem precedentes, por consequência da Operação Leite Compensado I, deflagrada em Janeiro de 2013, que já está na fase 8. Empresas e ?compradores de leite? fecharam as portas, muitas envolvidas diretamente nas fraudes, o que causou uma redução no consumo no RS na ordem de 10%, gerando também uma restrição ao leite gaúcho junto ao mercado consumidor. Resultado: excesso de oferta e pressão aos preços pagos ao produtor. Como agravante, estima-se que hoje mais de 7.000 produtores tenham vários milhões a receber das empresa que fecharam ou faliram. A situação é tão crítica que muitos produtores não têm onde vender sua produção ou estão recebendo preços irrisórios pelo litro, chegando em alguns casos próximo a R$ 0,40, inviabilizando completamente a atividade e manutenção dessas propriedades, essencialmente de pequenos produtores. Uma preocupação a menos para os associados da Cooperoque, pois operamos com preço competitivo e garantia de que no dia 15 o dinheiro está na sua conta.
NEGÓCIOS DE PAI PARA FILHO
É importante fazer algumas considerações quando se trata da entrega da sua produção. Nos cereais, assim como no leite, você está depositando seu produto em confiança a um terceiro, com a intenção de venda e recebimento futuro. Se fizermos uma pequena retrospectiva dos comércios que existiam na região, cada um dos senhores irá lembrar de vários casos em que produtores tiveram perdas irrecuperáveis. A mesma situação se aplica ao setor de leite. Quantas empresas ou intermediários lesaram os produtores. É o fruto de seu trabalho, de seus investimentos e de horas de preocupações. Vale a pena correr riscos por ofertas oportunistas, sem sustentação, sem responsabilidade ou compromisso e que na primeira dificuldade não paga a produção entregue?
De novo é diferente na Cooperoque. Estamos, com o nosso departamento técnico do leite e de grãos, ao lado do produtor o ano inteiro e gratuitamente. Entregamos os insumos na lavoura sem custos e realizamos os projetos técnicos sem cobrança da taxa de 2%, além de assinarmos de aval em todas as operações. Assumimos com o associado todo o risco e ônus, pois somos solidários, conhecemos e confiamos em vocês.
Até agora falamos e dissertamos sobre uma gama de vantagens que somente a Cooperoque proporciona a seus associados. Isso lembra muito de nosso passado, quando os pais adquiriam lotes de terras para distribuir aos filhos quando casassem e o pagamento, para não ser gratuito e para que fosse valorizado, era subsidiado aos filhos. Portanto, uma prática de pai para filho, donos de negócio, assim como os associados são da Cooperativa. É assim que acontece na Cooperoque: um pai não explora um filho, mas lhe dá todas as condições e incentivos para que ele possa gerir seus negócios com tranquilidade e obter rentabilidade.
Não queremos ser repetitivos e nem inoportunos, pois a grande maioria dos associados é fiel, são parceiros e confiam nas pessoas que administram seu negócio. Precisamos ser insistentes com aqueles que, apesar de todas as vantagens e benefícios, mesmo tendo um lugar confiável para entregar sua produção, onde não precisam se preocupar de não receber o que é seu e ainda se deixam iludir com falsas promessas. Quanto mais produção entregar na cooperativa, mais sólida e fortalecida ela será e os benefícios voltam 100% ao produtor, seja em mais serviços, mais infraestrutura, melhores preços e distribuição das sobras ao final do exercício.
PLANEJAMENTO E INVESTIMENTO ANUAIS
Estamos concluindo a construção do depósito de agrotóxicos e fertilizantes e está projetado de, na sequência, ampliar o depósito de fertilizantes antigo em mais 450 m². Após, iniciará a construção da nova agropecuária, abrindo espaço para demolir a antiga sede da Cooperoque e construir no local, o magazine. Na sequência será feita a reformulação do supermercado e do setor administrativo. O complexo terá área construída de aproximadamente 5.000m², com três pisos, amplo estacionamento no último andar e estrutura equipada com elevadores e escadas rolantes. Uma obra moderna que vai ser mais um dos marcos da história da Cooperoque. Concomitante a essas obras, avançarão as tratativas para a definição da agroindústria de laticínios, que em virtude do momento difícil que passa a cadeia leiteira, está sendo tratada com prudência pela direção.
Projetamos que 2015 seja um ano difícil na esfera nacional e estadual e precisamos ser perspicazes e prudentes na condução de nossos negócios na propriedade rural e na Cooperativa. As safras de soja e milho safrinha estão se encaminhando muito bem e dão um sinal de excelentes produtividades. A alta do dólar, apesar de elevar as despesas de plantio das novas safras, por outro lado mantém valorizados os preços da soja e evita que baixem das demais commodities.
Enfim, seguimos convictos e motivados, pois ano após ano, com muita paciência, ultrapassamos e superamos os momentos difíceis e junto com nossos produtores, clientes e funcionários, trilhamos o caminho do sucesso, privilégio e mérito de personagens íntegros, incansáveis no trabalho e comprometidos com a COOPEROQUE.
Otmar Afonso Langer Simplício João Kunz Delmar Luis Limberger
Presidente Vice-presidente Secretário
Elmar Inácio Stracke Mauro Rech
Superintendente Diretor Administrativo