Falar sobre o assunto da safra de Soja 2022/2023 entre os produtores da área de atuação da Cooperoque é a certeza de ouvir os mais diversos relatos, isso porquê as chuvas estão acontecendo de forma bastante irregular. Este padrão resulta em uma situação diversa mesmo entre comunidades próximas.

Se por um lado, alguns associados reportam precipitações de 90 a 100mm no mês de janeiro, outras localidades registraram 30mm ou até menos. As chuvas estão acontecendo de forma isolada e normalmente na forma de pancadas rápidas.

A realidade neste ciclo é diferente e já apresenta melhora na maioria das propriedades, porém o comprometimento é maior nas lavouras com cultivares precoces e nos plantios de outubro e da primeira quinzena de novembro, além das comunidades onde as chuvas estão sendo mais abaixo da média, naturalmente. Estima-se que, na média, as perdas estejam na casa dos 30%.

Na estação meteorológica da Cooperoque, o mês de janeiro soma 88,6mm de chuvas, o que seria uma condição até aceitável para o desenvolvimento das plantas, realidade que não se repete em todas as comunidades. No período, os volumes de maior vulto aconteceram em 01 de janeiro (32,6mm) e 25 de janeiro (12,8mm). Aconteceram outras precipitações de 2 a 12mm em 6 dias diferentes.

Além da maior dificuldade de desenvolvimento das plantas, a falta de chuva acarreta em uma maior incidência de pragas, como o aumento de ataque de Trips e Ácaros, que são pragas secundárias, que em anos com temperaturas elevadas e baixas precipitações ocasionam grandes danos à cultura de soja e muitas vezes não são percebidas pelos agricultores.

Por outro lado, os problemas com fungos são bastante raros com as condições atuais de chuvas.

Quais são os aprendizados

A agricultura, historicamente enfrenta dificuldades com estiagens, a exemplo do que aconteceu na safra 2021/2022 com a Soja, onde as perdas foram gerais e chegaram a 100% em várias lavouras.

Por outro lado, a cultura de Trigo foi a mais exitosa da história, apresentando os maiores volumes e os grãos com a melhor qualidade dos últimos anos.

Cabe ao produtor também fazer a sua parte, principalmente no cuidado da lavoura, realizando a rotação de culturas, que acarretam solos melhorados e com maiores capacidades produtivas, maior fertilidade e melhor estabilidade de produção.

A Cooperativa também realiza um trabalho de fundamental importância, uma vez que investe em treinamentos para que o Departamento Técnico esteja conectado com as melhores práticas e técnicas para proteger os associados dos efeitos de estiagens, com melhor manejo e escolha das variedades mais apropriadas, além de apoiar no financiamento das lavouras.