Como estão as doenças na fase final da cultura da soja?
Conforme os dados da Rede Técnica Cooperativa (RTC), a safra de soja 20/21 iniciou com deficit hídrico, atrasando as semeaduras no Rio Grande do Sul (RS). Em função das condições climáticas, a ferrugem chegou mais tarde, embora o oídio já estivesse presente cedo nas lavouras. Quando as chuvas retornaram por vários dias consecutivos, em janeiro, os produtores tiveram dificuldade de realizar as aplicações.
Segundo a Pesquisadora e Fitopatologista da CCGL Caroline Wesp Guterres, nas lavouras onde o controle de doenças foi realizado de forma correta, no momento certo e com produtos eficientes, as doenças foram bem controladas. — Porém, nas situações em que as doenças foram subestimadas em razão do clima, nota-se aumento na intensidade de ferrugem, oídio e manchas foliares, principalmente nas semeaduras que ocorreram a partir de dezembro — relata Caroline.
A pesquisadora salienta que muitas lavouras já estão sendo colhidas, mas outras ainda estão em fase final de enchimento de grãos, momento em que a proteção às doenças é imprescindível. — É importante atentar para a escolha dos fungicidas a serem utilizados neste momento, pois devem ser adequados às doenças ocorrentes e predominantes, que podem variar de acordo com as cultivares utilizadas. O residual de controle, que varia conforme os produtos e combinações utilizadas, deve ser avaliado e adequado de acordo com o período que a soja permanecerá no campo — reforça a Fitopatologista.
Caroline explica que os intervalos de aplicação nessa reta final podem ser reduzidos. — Intervalos de cerca de 12 dias entre as últimas aplicações têm garantido melhor controle de doenças nas últimas safras — finaliza a pesquisadora. Para mais informações, procure a CCGL ou técnico de sua cooperativa.