Com a safra de milho sendo finalizada, os números animam agricultores e a cooperativa! Isso porquê pode-se constatar uma alta produtividade obtida pelos produtores na área de abrangência da Cooperoque. Aliado à boa produção, a cotação do produto acima da média, recompensou quem investiu na cultura no cereal.

Para a responsável do Departamento Técnico da Cooperoque, a Engenheira Agrônoma Márcia Suzana Stracke Ceolin, o bom desempenho da cultura é fruto de um trabalho bem desenvolvido, desde o planejamento da lavoura, a implantação de práticas que auxiliam no incremento da produção, como o uso de técnicas de agricultura de precisão e correção do solo, a mistura do fertilizante com o Calsite (Óxido de Cálcio) e a aplicação correta de fungicida. As condições climáticas também favoreceram nossa região nesta safra, oferecendo condições positivas na época de semeadura e chuvas regulares até o período em que as lavouras estavam em maturação fisiológica.

Além do retorno financeiro, o milho pode trazer outras vantagens para o produtor.

Segundo o agricultor Giovanni Eduardo Mielke, com uma área de 83 hectares ocupada pela cultura, pode-se destacar ainda como benefícios a rotação de culturas, cobertura do solo com palhada, o uso de outros princípios ativos de herbicidas no controle de ervas daninhas, a otimização das máquinas agrícolas, distribuindo o serviço em diferentes épocas do ano e, no caso desta safra, o alto preço, onde o faturamento será maior se comparado aos anos anteriores. 

Já o associado Dario Miguel Kunz, que cultivou milho em cerca de 1.400 hectares, também se diz satisfeito com o resultado obtido. Ele ressalta que investe no cereal todo ano, sendo que faz parte de seu planejamento ocupar cerca de um terço de sua área total de lavoura com a mesma. Como fatores que justificam o cultivo, cita o ganho de produtividade com implantação da rotação de culturas no sistema de plantio direto e a possibilidade de usar a mesma área para a safrinha. Ele ressalta também a importância do incentivo da Cooperoque, na parceria para adquirir os insumos e no acompanhamento técnico gratuito da lavoura.

Outro associado que produz milho anualmente, e cita as vantagens do seu cultivo, é o agricultor Bronildo José Wenzel. Ele destaca que o sistema radicular do milho é bem vigoroso, e auxilia na estruturação e descompactação natural do solo, além de liberar substâncias que aumentam muito a atividade biológica. Além disso, a planta do milho produz uma quantidade maior de palha em relação a outros cultivos, que ajuda a alcançar a meta de 12 toneladas de matéria seca por hectare ao ano, essencial para manter a saúde do sistema. Outro ponto a considerar, é que o milho auxilia na redução de inóculos de doenças que afetam a soja, tanto da parte aérea como de solo, diminuindo sua ocorrência e facilitando o seu controle.

Bronildo ressalta ainda o grande salto de tecnificação da cultura do milho nos últimos anos, promovido pelo Departamento Técnico da Cooperoque, seja, pelo uso das melhores variedades para cada época de plantio, pela população mais adequada, pela adubação de base e escalonamento da adubação nitrogenada e combate de doenças, pragas e ervas daninhas. Citou também que a Cooperoque, conta com uma estrutura de recebimento ágil e eficiente, com regras claras de recebimento e pagamento, podendo inclusive fixar o preço com antecipação.

O presidente da Cooperoque, e também produtor Otmar Afonso Langer, frisou a importância econômica da cultura tanto para o associado quanto para a cooperativa, lembrando que uma parcela do milho entregue retorna ao produtor para consumo próprio, fortalecendo o elo entre ambos. Destacou as novas tecnologias implantadas na secagem (fornalhas alimentadas por cavaco de eucalipto) e armazenagem (sistemas de termometria digital e aeração automatizada), garantindo a devolução e venda de um produto de qualidade.

Também foram realizados investimentos em balanças, moegas e tombadores, visando agilizar a descarga e entrega do produto na unidade recebedora.